Uma nova página

O trem vai partir

Primeiro dia do ano e ainda não consegui sacar que estou em 2009. Ontem participei de uma festa de virada de ano. Foi na residência de um professor aqui da universidade. O cara é inglês, mas a esposa holandesa. A festa em si foi no estilo inglês. Com roda para felicitar o novo ano, jogos em família, um bolinho típico que parece uma massa frita com passas, muita cerveja belga de ótima qualidade (tomei até uma Kwak!) e, não poderia deixar de faltar o toque brasileiro, o nosso risólis feito a quatro mãos! Sucesso total! Levamos 138 risólis e não sobrou nada! Confesso que fui meio “tenso” para a festa. Porém, graças a Deus, falamos pouquíssimo de trabalho e o clima ficou em tom cordial. O que me ajudou a baixar a bola foi saber que existe coisa pior do que a minha situação. É um outro colega que está terminando a pós-graduação dele . Há sete dias de “entregar” o trabalho dele e se ver livre das atividades acadêmicas, eis que encontram um erro em seus dados. Com isso, o trabalho dele vai se atrasar e ele se viu obrigado a voltar para cá e desmanchar os planos de ficar com a sua família. Ele já está aqui há anos e a família dele não veio junto. Imagine que grande decepção, os planos mudados, conter de novo a saudade, re-energizar-se para rediscutir coisas já discutidas milhares de vezes, ver de novo o que não queria mais ver, escrever sem querer escrever… Enfim, tive uma noite agradável, vi os fogos de artifício pipocando por todo lado, passei um frio danado andando de bicicleta em -5°C (pensei que as minhas orelhas iam cair!!), vi a minha bike coberta de gelo e fiquei bêbado gritando pelas ruas “Feliz Ano Novo!”. Quer virada melhor que essa?